terça-feira, 24 de novembro de 2015

Perdendo a Consciência


 Perdendo a Consciência
                   Prólogo

   Sentia o corpo ficar dormente lentamente, a consciência se esvaía. Lutou para ficar consciente, mas estava estranhamente confortável no chão por cima das folhas fofas e secas, sangue descia do seu ouvido esquerdo, sangue descia de seu nariz. Descia, sem parar, sem cessar. Não conseguia se mexer, sabia que Thomas estava do seu lado, só não sabia se estava vivo ainda.
   Ouviu passos junto de galhos sendo quebrados, as folhas sendo esmagadas. Eles não tinham piedade, estavam ali para caçá-los. Ela queria muito olhar para Thomas, olhar o rosto do irmão gêmeo, mas não conseguia se mexer, quase não conseguia respirar. Tentava de todas as formas buscar a brisa gelada que ela sabia que devia estar dentro de si, mas não conseguia, desde quando ele havia a tocado. Prendeu a respiração quando um dos invasores entrou no seu campo de visão, bem ao lado de Thomas.
   Ela queria gritar, queria espernear, queria conseguir fazer qualquer coisa para avatar aquele homem de perto de seu irmão. Viu quando as mãos do homem começaram a pegar fogo. O fogo que ele estava criando. Ele desembanhou sua espada e ela começou a brilhar com as chamas que a percorria. Amethista sabia o que viria a seguir, foi assim com seus pais e seria assim com o seu irmão. Ela sabia, ela tinha a terrível certeza pois ela havia visto. Tinha tido a horrível visão de seu irmão sendo assassinado.
   Então, o homem segurou a espada firmemente em suas mãos, a levantou e rapidamente descansou a espada no peito de Thomas. Como por um reflexo, Amethista se curvou e agarrou a espada com uma das mãos, um grande erro, sentiu a dor ardente em sua mão e depois viu seu sangue escorrer. Frio, vermelho e doentio. Recolheu sua mão e a apertou contra o peito. Olhou para o homem, voltou a deitar-se no chão, as folhas secas das árvores pinicavam sua pele, o cheiro de pólen irritou seu nariz e o frio a fez tremer.
   Seria seu fim.
   Seria o fim da linhagem Western.
   Fechou os olhos, queria ter um último vislumbre de sua família antes de morrer. Sentiu alguém acariciar-lhe os cabelos. Seria isso. Sua morte. E ela não poderia fazer nada quanto a isso. No final o fogo destruiu o gelo.





Notas: Hey, eu sei que está super pequeno. Mas é somente o prólogo, eu nem iria fazer um...

Perdendo a Consciência

 
 Amethista não toca em alguém à 328 dias. Não sai de seu quarto à 328 dias. Há 328 dias o reino sofreu um golpe de estado. O Rei estava morto, a Rainha estava morta, o Príncipe estava morto. Menos ela, a herdeira.

   Entre as perdes revestidas de chumbo do castelo, vivia Amethista. Herdeira do reino, mas que agora estava trancafiada em um quarto. Entre lágrimas perdidas e um amigo - na qual ela tem certeza que é um soldado - misterioso que visita seu quarto todos os dias á meia-noite, está as visões de Amethista. Flashes estranhos do futuro, algo muito cobiçado pelo novo regente do Reino. O novo Rei, Borton, não medirá esforços para conseguir o dom de Amethista. Fará o que for preciso, até mesmo obrigá-la a se casar com o seu filho.

Um príncipe e um soldado.

No final, quem ganhará o coração de Amethista?

domingo, 22 de novembro de 2015

Sonhar

                               Sonhar


   Sonhar não é apenas adormecer e deixar sua mente trabalhar. Sonhar é se ver livre, distante de tudo aquilo que você queria que não existisse e perto do que queria que fosse real. Afinal, porque viver em meio a tristeza e ao caos se você pode criar um mundo inteiro apenas seu? Um mundo onde não há caos, tristezas, onde não estamos a nossa própria sorte. Sonhar é algo que vai além da perspectiva, além da maldade do mundo. Porque não há nada mais precioso no mundo do que uma pessoa que vive em meio ao caos e ainda sonha. E é isso que eu escolho para minha vida. Sonhar. De tudo que eu vi, de tudo que eu passei, isso tudo me faz pensar que o mundo está uma bagunça. Que estamos vivendo presos em um mundo que não deveria ser assim, presos em um interminável pesadelo. Eu acho que as pessoas se esqueceram de como sonhar, se esqueceram de como é ter esperança em meio a um destino sombrio. Não é assim que deveríamos ser, não é assim que deveríamos sonhar! Algumas pessoas ainda tentam acabar com os sonhos, essas pessoas já tiveram os seus próprios sonhos destruídos. E sempre será assim, eu acredito que as pessoas só se satisfazem quando arrancam cada gota de esperança existente. Mas eu quero sonhar! Quero continuar sonhando, me deixe sonhar! Quero esquecer essa bagunça, quero viver os meus sonhos. Então por favor, me deixe sonhar.